12.4.11

Limpo


O caminho chuvoso
Ergue-se sobre a noite
Tirando do corpo impureza
Com pequenas gotas, açoites.

Não chegou a ser tão forte
Apenas muito pesar
Sobre o pecado e seu enorme corte.
Iluminar.

Vai-se pelas grades do portão
O gosto na boca que jazia
O estalo do toque sem trovão
Sem luz ou surpresa, ainda sorria.

O caminho não secara
E nem a falta era incômoda
A pressa latia, o desejo uivara
Assunto algum lhe passara.

Limpo.
Assim permanece o noturno saber.
Somente o Olimpo, deuses
Gostariam de subir. Saber.

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