14.9.11

Fuga é fome e sede de doçura.


E quando há a necessidade de fugir?
Necessidade de Fugir?
Acho que não é fuga o que sinto,
É uma fome de alma.
Fome que alimentaria, mas acha que está bem acompanhada sem mim.
O bagaço da Laranja e do Limão é ácido antes de secar.
Bem ácido de 'queimar' a boca imperceptivelmente.
Pode ser que eu esteja em sede também, já que do limão e da Laranja eu tiro um suco sem doçura, só da laranja talvez. Trago comigo o açúcar, afim de adoçar e gelo para refrescar o suco e a mim.
Agora certo que, estando doce e fresco, beije-me antes que o cigarro esteja em meus lábios e eu jogue fora o sabor da natureza e te leve a impureza da minha triste e habitual morte. Perdoe-me por querer-te agora. Talvez eu ame demais a sola do meu pé descalço. Talvez eu acuse demais o vento por tocar-me sem medo de ser invisível.

Um comentário:

Lucy Van Pelt disse...

Tênue linha entre a fuga e a fome. Não vagamente fuga e fome, e sim, ‘a fuga’ e ‘a fome’. Dois sentimentos necessariamente básicos de pessoas que ‘sentem’ demais, acompanhados da insaciável sede. ‘Aquela’ sede? Uau!
E que continue sentindo sempre assim... Algumas rachaduras na sola do pé não fazem mal, de vez em quando. :)
Haja doçura!
”E que seja doce. Sete vezes, pra dar sorte.”