7.4.12

Contemple

Eis a razão para todos os males.

Os dias encaram-se com furor, rotina, duelos, confrontos, espelhos, métodos, regras... Mas nós já sabemos de tudo isso, não é mesmo?

Não há tolice cometida que se iguale a lamentar-se pelos dias, por quem se propõe traçar-lhes como apenas um instante, por evasivas dúvidas além do equilíbrio.

P - Para que servem a água, o ar, o fogo, a sombra, a nuvem, a cor, o sabor, a consciência senão, também, para serem contempladas?

R - Como vierem existe um modo de servirem: Contemplando.

Culpa-se, sofre-se, morre-se por ausência de olhar para tudo que já alcançamos na natural linha evolutiva do homem. Conseguimos organizar nossa fala e escrita até podermos enfim reunir magneticamente todos os povos, quiçá falar a mesma língua. Agora traga-os para perto, perceba-os como da sua espécie. Contemple.

Motive-se a sentir os raios solares fitando a pele e as fibras que compõe os seus fios de cabelos, permita-se a observar cada cor ao entardecer, importe-se em ver a lua onde quer que você estiver, contemple.

Enquanto meus olhos estiverem abertos, olharei para os da minha espécie como quem me enxerga envolto de luz. A mesma comum a ele. Existem os malandros e os trambiqueiros e estes fazem parte da maldade.
Não ceie com a maldade, mas tome um banho e conforte-se contemplando mais um dia. Contemple-se.

Luz para iluminar a noite. Há.
Vento para refrescar do calor. há.
Água para beber, banhar-se, limpar. há.
Terra para plantar, pisar, colher, deitar. Há.
Escuridão para ser iluminada. Há.
Contemple.

Dê-se um presente: Contemple.

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