22.2.12

O jardim.

Cântico de alegria escondido no peito da natureza morta que eu mesmo criei.
A mesma cisma de uma flauta inflamável é a graça pleiteando lugares não habitados da minha mente, pois é possível elevar-se ao cume gelado na montanha mais alta. Há riachos e criaturas lindas. Duas. O homem e a mulher brincando de amor. Envoltos de eterna brincadeira e alegria que há. Companheiros. Sem posse e soberba. Por ser amor.
Não há tensão. Nenhum tipo.
Cheguei-lhes a perguntar sobre mim. E eles não entendiam... Não entendiam que era eu. Alguém. Um pouco deles sem amor. Sem sorrisos e piadas.
Não há mediocridade maior que o ciúme. Nem é amor e nem é impróprio.

Acusa-me a mente: "Eu não quero provar-te sobre nada. Já conheço demais as tuas baixas e erguidas. Sabes que eu sou apenas mais de um poro. Tapado por sujeira, limpo por água e química espumante. Cheiro bom.".

Os estranhos não caminham em confusão. São certos de si e são incríveis.


e Ele aproxima-se e diz:

"Que tudo
Seja para sempre. por ser amor.
Por amor Ser amor,
Amor.

A vida é de mim
 parceira de amor
E não há nada melhor
que caminhar na areia molhada da praia,
Saltar do alto da pedra e afundar-se nas águas frias dos rios.
Conhecer tudo junto.
Tudo. Junto."

No instante mudei  e aprimorei meu foco e nada mais vi como antes. As cores mudaram, pois se multiplicaram para além de si. Todas.

 - "E o teu jardim
que seja da cor do teu amor
da alegria nascente do nome" Finalizou.

Acordei.

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